quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A nova e crescente realidade sobre a conjugalidade no espaço Europeu

Estudo: Um retrato dos solteiros europeus

6 de Fevereiro de 2008, por Filipe Pacheco

O casamento, outrora uma instituição basilar nas sociedades ocidentais, deixou de ser encarado como uma prioridade para os solteiros europeus, já que apenas 33% admitem a hipótese de vir um dia a casar. Dessa forma, e embora prefiram a estabilidade de uma relação estável, não entendem que a oficialização do vínculo seja fundamental para a vida conjugal. Os números são avançados pela Parship, baseada nas respostas de 13 mil pessoas, provenientes de 13 países europeus. A desilusão e a perda da independência são outros dos factores que, segundo estudo, explicam o desinteresse dos cidadãos europeus em relação ao casamento. De acordo com alguns dados desta pesquisa, 35 % dos inquiridos diz que já passaram por experiências menos positivas numa relação, enquanto que três em cada dez afirmam que assumir um compromisso conjugal significa a perda de independência. Já 12 % das pessoas que compõem a amostra confessam não ter tempo para qualquer tipo de relação. Outros existem que preferem manter-se solteiros por via da sua personalidade insegura, o que é expresso pelos ciúmes que sentem pelo parceiro e pela vontade de controlar a vida da pessoa com quem possam eventualmente adquirir um laço conjugal. Os europeus também se mostram mais exigentes na altura de escolherem um parceiro. A honestidade, o optimismo e a fidelidade são alguns dos valores mais apreciados por 91 % dos homens e 94% das mulheres. A boa aparência, uma carreira profissional de sucesso e a simpatia são outras características que as pessoas valorizam no parceiro. No que respeita à aparência física, as mulheres parecem não apreciar os carecas, já que 89% dizem rejeitar homens com essas características. O aspecto descuidado é outra das características que as mulheres não apreciam nos homens - 74% dizem-se incomodadas. Já a maioria dos homens nutre preferência por mulheres vaidosas (76%).

O último número realizado pelo Eurostat, em 2002, dava conta que existem cerca de 160 milhões de solteiros na Europa. E este estudo veio revelar alguns aspectos que contribuem para estes números. O incremento do nacionalismo é uma das dimensões salientadas, já que três quartos dos europeus dizem ter preferência por pessoas com a mesma nacionalidade, e quatro em cada cinco recusar-se-iam unir a alguém com uma orientação religiosa diferente. Já 73% também encaram com dificuldade a possibilidade de vir a estabelecer uma relação com um parceiro que tenha filhos de uma relação anterior. Por último, a maioria dos solteiros europeus diz ter pouca experiência em namoros. Em média, revela esta pesquisa, tiveram duas relações sérias ao longo da vida e, no último ano, confessam não ter tido nenhum relacionamento sério. A pesquisa incidiu sobre pessoas dos 18 aos 59 anos.

http://www.meiosepublicidade.pt/2008/02/06/estudo-um-retrato-dos-solteiros-europeus/

Empresa que encomendou o estudo: http://www.parship.co.uk/

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